Quero
compartilhar com vocês de como vem minhas ideias para escrever minhas
histórias. Já contei como surgiu o conto ELA. Hoje vou explicar como nasceu o
meu conto que estou publicando em capítulos nas segundas e quintas-feiras aqui
no blog, a história EU SEI QUEM VOCÊ É, MAS VOCÊ NÃO SABE QUEM EU SOU.
Durante
minha vida li vários livros de diferentes autores. Havia épocas que só lia os
livros de Agatha Christie (acho que só não li os livros que ela escreveu como
Mary Westmacott), depois elegi Sidney Sheldon e Harold Robbins como meus
autores essenciais, teve o Irving Wallace, Stephen King (que leio até hoje) ,
A.J.Cronin e um em especial, que tenho um imenso carinho pelos seus livros,
J.M.Simmel.
Esse
escritor austríaco (hoje um pouco esquecido e ignorado pela nova geração de
leitores) escreveu livros maravilhosos como Nem Só de Caviar Vive o Homem,
Ninguém é uma Ilha entre outros. Além da narrativa maravilhosa, o que me atraía
mesmo eram seus títulos. Não se via um livro dele com um simples título; não,
eram sempre quilométricos e esperançosos.
Pois
bem, influenciado pelos títulos de J.M.Simmel, em 1998 ou 1999, vi um filme com
o nome Eu sei o que vocês fizeram no ano passado. Era uma frase! Nos anos 1980
eu havia escrito uma história com um título: Uma Coisa Logicamente Ilógica,
pois Ilógicos Somos (com certeza influenciado pelo J.M.Simmel). Um grande
título que ainda tenho na minha memória, mas a história em si evaporou-se
nesses anos...
No
final dos anos 1990 tive a ideia de escrever sobre uma jovem que atende o
telefone e do outro lado da linha escuta uma voz masculina. Pensei: tá aí um
conto para ser explorado. Mas por enquanto só tinha aquela cena na cabeça, da
moça atendendo o telefone. Foi aí que o título do filme me veio, e decidi criar
um parecido, Eu sei quem você é...
Com
o título pronto a cena da moça atendendo o telefone começou a tomar formas. Um
desconhecido que liga para ela e sabe da sua vida, mas a moça não tem ideia
quem seja. Pensa que é um tio brincalhão passando trote ou um colega seu da
faculdade querendo alguma coisa com ela.
Batizei
ela como Liliane porque eu quando era um moleque de quinze ou dezesseis anos
uma vez fui ligar para um telefone e disquei o número errado e quem atendeu foi
uma menina chamada Liliane, que acabei fazendo amizade com ela e ligando outras
vezes também.
Então
como o enredo ficou pronto na minha cabeça, peguei minha velha Olivetti linea
88 e mandei brasa. Mas por algum motivo que houve, não terminei o conto.
Agora
resolvi voltar ao tema, e no principio pensei em um final para ele. Mas
conforme ia correndo a narrativa, como num clique o final que havia planejado
há mais de quinze anos me veio de forma cristalina, praticamente berrou dentro
de mim, rejeitando assim o término que seria agora.
Costumo
escrever numa tacada só, sei que precisa de revisão, mas a base fica como uma
ideia central. Como é um conto com mais de dez páginas no WORD, resolvi
coloca-la em capítulos nesses dois dias da semana. Sempre fui apaixonado por
histórias em capítulos, no estilo do antigo folhetim. Se funcionar, depois
dessa já tenho mais três que também serão em capítulos. Espero que quem leia
também goste, e como pedi anteriormente, aos que venham visitar minhas páginas
só peço que façam um comentário, seja um elogio, um ponto de vista ou mesmo uma
critica. Assim vou saber se minhas histórias estão sendo lidas. E para um
autor, mesmo sendo um desconhecido como eu, é sempre bom saber que existem
alguns leitores te prestigiando. É o melhor prêmio para um autor, a recompensa
de querer contar uma história e que alguém queira ler.
Rogerio
de Castro Ribeiro
Olá, gostei muito do seu texto, tenho vontade de ser escritor, porém me falta inspiração na hora de escrever; Passei no seu blog por curiosidade e acabei decidindo que voltarei mais vezes para ler os seus contos em capítulos (por sinal ótima ideia). Continue escrevendo.
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