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segunda-feira, 28 de abril de 2014

COMO NASCE UMA IDEIA PARA MINHAS HISTORIAS

Quero compartilhar com vocês de como vem minhas ideias para escrever minhas histórias. Já contei como surgiu o conto ELA. Hoje vou explicar como nasceu o meu conto que estou publicando em capítulos nas segundas e quintas-feiras aqui no blog, a história EU SEI QUEM VOCÊ É, MAS VOCÊ NÃO SABE QUEM EU SOU.
 Durante minha vida li vários livros de diferentes autores. Havia épocas que só lia os livros de Agatha Christie (acho que só não li os livros que ela escreveu como Mary Westmacott), depois elegi Sidney Sheldon e Harold Robbins como meus autores essenciais, teve o Irving Wallace, Stephen King (que leio até hoje) , A.J.Cronin e um em especial, que tenho um imenso carinho pelos seus livros, J.M.Simmel.
 Esse escritor austríaco (hoje um pouco esquecido e ignorado pela nova geração de leitores) escreveu livros maravilhosos como Nem Só de Caviar Vive o Homem, Ninguém é uma Ilha entre outros. Além da narrativa maravilhosa, o que me atraía mesmo eram seus títulos. Não se via um livro dele com um simples título; não,  eram sempre quilométricos e esperançosos.
Pois bem, influenciado pelos títulos de J.M.Simmel, em 1998 ou 1999, vi um filme com o nome Eu sei o que vocês fizeram no ano passado. Era uma frase! Nos anos 1980 eu havia escrito uma história com um título: Uma Coisa Logicamente Ilógica, pois Ilógicos Somos (com certeza influenciado pelo J.M.Simmel). Um grande título que ainda tenho na minha memória, mas a história em si evaporou-se nesses anos...
 No final dos anos 1990 tive a ideia de escrever sobre uma jovem que atende o telefone e do outro lado da linha escuta uma voz masculina. Pensei: tá aí um conto para ser explorado. Mas por enquanto só tinha aquela cena na cabeça, da moça atendendo o telefone. Foi aí que o título do filme me veio, e decidi criar um parecido, Eu sei quem você é...
 Com o título pronto a cena da moça atendendo o telefone começou a tomar formas. Um desconhecido que liga para ela e sabe da sua vida, mas a moça não tem ideia quem seja. Pensa que é um tio brincalhão passando trote ou um colega seu da faculdade querendo alguma coisa com ela.
Batizei ela como Liliane porque eu quando era um moleque de quinze ou dezesseis anos uma vez fui ligar para um telefone e disquei o número errado e quem atendeu foi uma menina chamada Liliane, que acabei fazendo amizade com ela e ligando outras vezes também.
Então como o enredo ficou pronto na minha cabeça, peguei minha velha Olivetti linea 88 e mandei brasa. Mas por algum motivo que houve, não terminei o conto.
 Agora resolvi voltar ao tema, e no principio pensei em um final para ele. Mas conforme ia correndo a narrativa, como num clique o final que havia planejado há mais de quinze anos me veio de forma cristalina, praticamente berrou dentro de mim, rejeitando assim o término que seria agora.
 Costumo escrever numa tacada só, sei que precisa de revisão, mas a base fica como uma ideia central. Como é um conto com mais de dez páginas no WORD, resolvi coloca-la em capítulos nesses dois dias da semana. Sempre fui apaixonado por histórias em capítulos, no estilo do antigo folhetim. Se funcionar, depois dessa já tenho mais três que também serão em capítulos. Espero que quem leia também goste, e como pedi anteriormente, aos que venham visitar minhas páginas só peço que façam um comentário, seja um elogio, um ponto de vista ou mesmo uma critica. Assim vou saber se minhas histórias estão sendo lidas. E para um autor, mesmo sendo um desconhecido como eu, é sempre bom saber que existem alguns leitores te prestigiando. É o melhor prêmio para um autor, a recompensa de querer contar uma história e que alguém queira ler.

Rogerio de Castro Ribeiro


Um comentário:

  1. Olá, gostei muito do seu texto, tenho vontade de ser escritor, porém me falta inspiração na hora de escrever; Passei no seu blog por curiosidade e acabei decidindo que voltarei mais vezes para ler os seus contos em capítulos (por sinal ótima ideia). Continue escrevendo.

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