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segunda-feira, 21 de abril de 2014

A ARTE DE ESCREVER



A  ARTE DE ESCREVER

 Uma vez li que escrever um conto, poesia ou até mesmo um romance é um ato de poder exorcizar todos demônios que habitam dentro das suas mentes; também ouvi falar que os autores são dotados por poderes mediúnicos;  e já alguns acreditam simplesmente que os autores passam a vida inteira regando um jardim de imaginações em sua horta dentro da cabeça. Mas o que quer que seja verdade ou mito nessas suposições, eu não posso especificar com clareza como vem na minha cabeça as ideias das minhas histórias. Minha única resposta para quem perguntasse como elas chegam seria: Não sei se já nascemos prontos, ou vamos lapidando conforme o tempo vai passando para escrever uma história, mas a minha compreensão da arte de construir uma narração e depois fazer com que  alguma pessoa leia, acaba sendo um trabalho hercúleo. Não é só a ideia e o ato de escrever uma palavra depois da outra (isso ajuda, claro), mas a dedicação de pegarmos essas palavras escritas, lê-las, reescrevê-las, lê-las novamente, analisar friamente se todas peças do quebra-cabeças que inventamos estão encaixadas, nos convencermos que está pronta, guarda-la e dias depois lê-las como se fosse inédito para a gente. Quem for perfeccionista, sempre vai achar uma parte para acertar, o que é bom. Por isso não é só o fato de escrever. Quando escrevemos algum livro, seja ele ficção, biografia, auto-ajuda, espiritualista, queremos que seja lido e apreciado depois. Esse que é o prazer do escritor, sua arte de escrever.
 Um exemplo de como nasce minhas ideias vou simplificar em dois livros de contos que lancei esse ano de 2014. No primeiro que se intitula Onde está você agora e outros contos, a sinopse deles é:
UM BOM VIZINHO = Mostro nesse conto o ponto de vista de um sujeito invejoso, que se infiltra na vida de um jovem casal que são vizinhos dele, e da forma que consegue destruir o outro sem nenhum tipo de violência, só com suas sugestões. A palavra é a arma mais letal quando mal administrada.
ELA = Mostro alguns habitantes do edifício 357 no centro da cidade, as suas mazelas, prostituição e tráfico de drogas, e entre esses moradores uma menina que procura melhorar a vida da sua família.
ONDE ESTÁ VOCÊ AGORA = O conto que dá título ao livro. Um pai preocupado com a segurança de seu filho de 5 anos. Um homem que coleciona matérias de jornais sobre crianças desaparecidas. Um homem com medo da violência urbana.
OLHOS QUE SEGUEM = Um velho pescador e seu cão, aflito com o progresso da vila onde viveu sua vida inteira e os danos capitalistas junto ao seu povo.
Escrevo desde meus 15 anos, e ainda tenho mais de cem contos para publicar. Mas o que pretendo também é nesse blog criar um espaço para os que também gostem de escrever venham dar suas opiniões, digam o que escreveu e fazer suas sinopses das suas estórias. Em breve, estarei postando partes dos meus contos nesse espaço. E aqueles que também quiserem fazer, terão seus espaços também.
Como disse antes, aos 15 anos descobri que precisava escrever para despejar aquele emaranhado de situações, enredos, que criava na minha cabeça. E escrever para mim é tão natural como se estivesse almoçando, por exemplo. È físico. Agora, se é dom, se são demônios minando minha cabeça com ideias ou ato mediúnico, não sei responder. Só sei que gosto de colocar no papel minha óptica de visão do que vejo na minha frente, e gosto para caramba.  Tenho uma afeição aos meus personagens, sejam eles os heróis ou os bandidos. Acredito que todo mundo tem um motivo para agir da forma que queira

Rogerio de Castro Ribeiro
21 de abril de 2014


2 comentários:

  1. Olá, Rogério. Meu nome é Augusto, tenho 30 anos e há dois venho escrevendo meu primeiro livro. Um romance. Passou a ser primeiro depois que tomei gosto pela coisa. Nunca havia pensado em escrever nada nem em ser escritor mas, como vc mesmo disse, as coisas estavam borbulhando na minha cabeça e acabaram vazando no papel. Me identifiquei com o que vc falou sobre querer que as pessoas leiam o que a gente escreve. Eu mesmo, recentemente, desenvolvi um lema particular para a minha parte escritora: não preciso de dinheiro, preciso de leitores. Enfim, desculpe se estou escrevendo muito mas não faz meu gênero comentar "gostei" ou "muito bom" embora seja exatamente isso que eu tenha achado dos contos e das outras postagens. Agora, preciso voltar aos meus livros técnicos de Direito. Faz parte.... Um abraço. E aguardo a quarta parte de Eu sei quem você é....

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